Halu Gamashi
Halu Gamashi é baiana de nascimento e uma cidadã do mundo por excelência. Terapeuta há mais de 25 anos e criadora de técnicas corporais e sutis, ministra aulas, congresso e workshop sobre anatomia do corpo sutil, chakras, campo áurico, astrosofia, filosofia, saúde e comportamento humano em diversas cidades brasileiras e europeias. Desenvolveu uma linha de produtos – Maberu – que tem auxiliado e melhorado a qualidade de vida dos seus pacientes. Iniciada nas culturas ancestrais, relata em livros a ampliação da consciência cósmica e as aberturas espontâneas de seus chakras.
O termo chakra, em sânscrito, significa roda. São portais de entrada e saída de energias, com muitas funções; podendo ser definido como radares energéticos que sintonizam a relação entre o corpo físico, o perispírito e a alma, sincronizando o produto desta união com o Universo. Então, rodando ou girando, esses pontos captam as energias sutis do universo, distribuindo-as pelo corpo.
Como resultado das suas vivências no Mundo Espiritual desenvolveu setenta técnicas terapêuticas que visam a harmonia e o equilíbrio no corpo físico, corpo emocional e corpo espiritual através do alinhamento dos chakras.
É autora com mais de 10 livros publicados no Brasil e Portugal, dentre eles:
Chakras, a história real de uma iniciada;
Chakras, the true history of a medium;
Clandestina, o resgate de um destino;
Conde Vlado, um alquimista em busca da eternidade;
A Hermenêutica de Deus e o Código Original;
Meditando com a Consciência Suprema;
O Livro dos Sonhos Cabalísticos;
O Último Trabalho de Cristo realizado por Maria de Magdala.
Tem focado o seu trabalho no Brasil e em Portugal.
Halu Gamashi – Ato Contínuo de sua Trajetória Espiritual – 49’min , 2019:
“Penso que não escolhi dedicar a minha vida à vida espiritual. Hoje sei que antes de encarnar assumi este compromisso. Fiz esta descoberta aos vinte e nove anos de idade, porém, desde que nasci as idiossincrasias e as peculiaridades que naturalmente despertaram em mim fizeram com que, aos três anos de idade, alguns dos meus familiares buscassem na espiritualidade um remédio. Os médicos, quando me viam adoecer não conseguiam chegar a diagnóstico e “doenças atípicas” foi o que a minha família começou a ouvir desde os meus três anos de idade. A falta de esperança, o medo de me ver morrer foi a porta que abriu para eles se abrirem para procurar a espiritualidade para restabelecer as minhas doenças físicas, e isto virou um hábito: eu adoecia, os médicos não encontravam diagnóstico e eles me levavam a uma casa espiritual buscando restabelecer a minha saúde física. Faziam isto escondido por temerem ser excluídos da sociedade em que viviam. Assim foi até os meus dezoito anos quando descobri que não precisava adoecer: estas doenças eram febre reumática atípica, paralisação dos rins, pequenos infartos; aos dezoito anos descobri que não poderia usar aquilo só como um remédio, que precisava conhecer, afinar minhas energias, alinhar-me.
Disseram-me que a espiritualidade tinha um projeto para mim. Confesso que aos dezoito anos, muito ignorante ainda sobre a espiritualidade me senti invadida e pensava: “Como é isto? A espiritualidade tem um projeto para mim? Eu queria ter o meu projeto para mim”. Porém, apesar destes questionamentos, resolvi ficar e durante nove anos consecutivos morei em uma chácara-escola que me iniciou nos conhecimentos e na magia branca dos elementos da natureza, a água, a terra, o fogo, o ar, a madeira, os rios, as cachoeiras. Não era uma casa religiosa, era uma casa que estudava a influência das energias da natureza sobre nós humanos, por isto não era uma casa de candomblé ou de umbanda, estava mais voltada ao conhecimento e a medicina do que aos mitos e mitificações dos elementos da natureza.
Saí desta casa antes de completar vinte e oito anos porque me disseram que tudo o que podiam me ensinar já havia sido ensinado, que eu estava pronta para canalizar com a espiritualidade que me ensinaria outras coisas, outras iniciações. E, conhecendo esta espiritualidade, descobri, aos vinte e nove anos, o porquê de toda a minha vida estar sempre perto das energias da natureza e da espiritualidade.
Se minha família não fosse tão preconceituosa este meu caminho não teria sido tão difícil, porém, conhecendo-me como conheço foi bom que tenha sido assim porque hoje reconheço: realmente encarnei com o compromisso espiritual, e se lutei tanto contra os preconceitos da minha família é porque havia em mim um chamado muito interno, muito forte para me aproximar e me aprofundar com a espiritualidade.
Infelizmente, no nosso planeta os temas espirituais, e principalmente a inteligência espiritual, é tratada com descrédito, banalidade, superficialidade e ironia, principalmente pelo comportamento da maioria dos paranormais que valorizam muito mais os fenômenos do que os seus significados.
O fenômeno, em mim, sempre o compreendi como uma mutação, o crescimento de um órgão sutil que abriria os meus canais para aprendizados mais importantes. Foi este o valor que dei aos fenômenos: eles precisavam acontecer para gerar mutações no meu corpo material que me viabilizassem o acesso à informação, e hoje tenho certeza que se tivesse escolhido parar nos fenômenos, utilizá-los como forma de convencimento para outros – o que chamam de exposição mórbida – eu não teria cumprido a minha missão de alcançar uma comunicação, que volto a repetir, sinto-me na obrigação, dever e direito de dividir com quantos queiram ler ou ouvir.
Esta é a a minha forma de amar a minha estrada, de amar a Deus sobre todas as coisas, de amar o próximo como a mim mesma.”
Halu Gamashi