Vozes dos Ventos Antigos

Caminhos do Graal, Cultura Espiritual

Assim falam, pela minha boca, os Ventos Antigos:

As almas novas, ou mesmo as almas antigas que se mantêm na ignorância, diante de um obstáculo, de uma situação que exige um certo sacrifício ou renúncia têm uma tendência de se conectarem mais rapidamente com o aspecto cruel e maléfico das suas constituições.

As almas antigas, quando estão diante de um obstáculo ou da necessidade de passar por certos sacrifícios ou até mesmo de renunciar, conectam com o lado sábio da sua constituição e esta composição sábia informa e diz que tudo é passageiro. O obstáculo lhe informará sobre a sua maturidade, o que te exige sacrifício lhe informará sobre o grau de desapego que já adquiriu e a renúncia lhe ensinará que nada, absolutamente nada, pertence a alguém e que, de fato, a renúncia é um sentimento ignorante, a renúncia realmente não existe. Se nada me pertence como posso ter ao que renunciar

Com aclamação desta sabedoria as almas antigas reagem com serenidade diante dos momentos e das situações difíceis.

Pela  ausência desta sabedoria as almas jovens ou as almas antigas que escolheram não amadurecer desenvolvem a posse, a arrogância, a luxuria e a prepotência.

As almas antigas que conquistaram a sabedoria sabem que nada de verdade lhes pertence.

As almas antigas sábias sabem que pertencem a continuidade da vida, todos nós pertencemos ao ato contínuo do tempo e por isto somos eternos. Tomamos consciência desta eternidade no momento em que aprendemos que nada nos pertence. Nós pertencemos ao Tempo.

O homem é um território das divindades. Uma terra árida é como se não existisse, quem cultivaria e plantaria em uma terra seca, árida e infertil?

Sendo um território do divino deixamos de ser uma terra árida, fertilizados pelas divindades o nosso território floreia em frutos e flores. Porém, tudo o que está neste território não nos pertence porque pertencemos as divindades e quando as divindades, em cumplicidade com o Tempo, resolvem fertilizar nosso território com outros tipos de árvores e frutos transporta o nosso território para uma outra dimensão – isto é a vida em ato contínuo – e os frutos do antigo território continuam pertencendo ao fertilizador, as divindades que araram a terra e que fizeram os frutos brotarem.

Quem acompanha o ato contínuo da vida sabe que temos direito de uso de tudo que vestimos, comemos ou habitamos e a depender da forma que usamos o nosso território acompanhar o Ato Contínuo da Vida se tornará mais árido ou mais fértil.

Halu Gamashi
Bangkok, 3.9.2016 à 1h31min

 

 

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