Funções Primordiais dos Chakras – Trecho do Livro “Caminhos de um Aprendiz”

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Capítulo 17: FUNÇÕES PRIMORDIAIS DOS CHAKRAS
Trecho do Livro “Caminhos de um Aprendiz” Escrito por Halu Gamashi © Todos os Direitos Reservados

 

“….Voltei para casa leve, envolvida por um profundo sentimento de paz, à espera da noite e do sono que me transportaria para outras dimensões.

Desmembrei e segui para a Nona Casa, Rúbia já me aguardava no laboratório.

– Hoje estudaremos o chakra frontal – comunicou-me. Para compreender a dinâmica deste chakra é preciso acompanhar a sequência comportamental do campo lógico-racional. Fique de joelhos e depois desça o tronco, sentando-se sobre a sola dos pés. Avise quando se sentir cansada dessa posição.

Após alguns segundos senti vibrações nas pernas e minhas mãos ficaram trêmulas. Rúbia tranquilizou-me, dizendo que aquilo passaria logo. Percebi um gosto de éter na língua, que ficou um tanto dormente. Aos poucos voltei ao normal e Rúbia iniciou a explicação:

– O campo lógico-racional exerce diversas funções, mas para facilitar a compreensão reduzirei a três.

E assim dizendo, desenhou na lousa uma figura similar a uma cabeça, uma imagem muito simples que reproduzo abaixo.

Em seguida, dividiu o desenho em três espaços distintos, com funções específicas. Acrescentando num dos espaços a palavra QUESTIONADOR, esclareceu:

O QUESTIONADOR está diretamente ligado aos órgãos dos sentidos, pensamentos e sensações. Os órgãos dos sentidos trazem informações através do som, imagem, cheiro, tato e sabor… Quando ainda não decodificamos o conteúdo dessas informações entra em cena este espaço do campo lógico-racional, inspirando-nos a questionar, pela mobilização da razão e da sensação. Vamos fazer uma experiência para mostrar como isso funciona. Imagine um ATZ múltiplo.

– O que significa isso? – admirei-me.

– Sem perguntas, por favor. Imagine um ATZ múltiplo.

Concentrei-me, tentando cumprir a orientação de Rúbia. Alguns segundos depois, senti turbulência na cabeça, seguida de incômodo no ouvido, nariz e garganta.

– Agora, lentamente, saia da concentração – ela orientou.

Não consegui, abri rapidamente os olhos e levantei-me um tanto ansiosa.

– Esta é a reação esperada quando o centro QUESTIONADOR trabalha sozinho, ou seja, sem a parceria dos outros espaços. Agora beba esse copo d´água que a aflição se dissipará.
De fato, aos poucos voltei ao normal. Rúbia então fez um novo desenho na lousa, escrevendo num de seus espaços a palavra TRADUTOR.

– O TRADUTOR entra em cena após o trabalho do QUESTIONADOR. Seu papel, como as palavras indicam, é traduzir o questionamento. Na experiência que você acabou de vivenciar só o centro QUESTIONADOR operou. A sensação de incômodo foi ampliada para que você registrasse o fato. Ontem, quando chegou aqui, sentiu algo que fez seu pensamento distanciar-se.

“Ela percebeu”, pensei. Lembrei-me do movimento de meus olhos em direção à testa, querendo chegar às sobrancelhas.

– Algo em mim dinamizou seu centro QUESTIONADOR, Halu. Este movimento provocou a contração da testa, recorda?

Em seguida, Rúbia propôs outra experiência. Eu deveria ficar deitada com a mão direita sobre o plexo solar e a esquerda acima da cabeça permitindo o fluxo espontâneo dos pensamentos. Passados alguns minutos fiquei totalmente relaxada e quase adormeci. Fluiu em meu pensamento um verde intenso.

Depois escutei um agradável som interno – uma espécie de canto. Em seguida, o verde voltou e um círculo começou a se formar em volta da massa de cor. Depois surgiram dois círculos menores que se transformaram em olhos; involuntariamente concentrei-me naqueles olhos. A imagem foi se tornando mais nítida até assumir o feitio de um rosto. Pouco a pouco percebi, com uma sensação muito agradável, que era Rúbia. Olhei o tapete e vi o rosto projetado nele.

– Este rosto é seu, Rúbia, em alguma encarnação você teve essa aparência! – exclamei.

– Você tem certeza disso? – ela questionou.

– Sim, sem a menor dúvida. Mas qual o significado de tudo isso? Será que estivemos juntas em alguma encarnação? – arrisquei.

– Vamos deixar esse questionamento dirigir-se ao seu centro TRADUTOR, Halu – disse Rúbia voltando para a lousa, onde completou o desenho com a palavra ARQUIVO.

– O espaço ARQUIVO tem a função de registrar todo o questionamento que já foi traduzido e decodificado. Por exemplo, quando alguém lhe pede a data do seu nascimento, não há necessidade de acionar os centros QUESTIONADOR e TRADUTOR: a informação está arquivada. Isso ocorre com qualquer questão cuja resposta já esteja no arquivo.

Olhei para o desenho de Rúbia, particularizei a visão de cada espaço e percebi que os centros TRADUTOR e ARQUIVO eram fechados, e o QUESTIONADOR, aberto. Perguntei a razão da diferença.

– O centro QUESTIONADOR é uma espécie de ponte que interliga o inconsciente individual à auto-censura e ao consciente. Quando surge um questionamento, isto indica que o inconsciente individual liberou a censura para alguma conclusão. Assim, todo o processo de crescimento torna-se individual.

Ao ouvir as palavras de Rúbia lembrei-me de meus questionamentos sobre Deus, Jesus, paranormalidade, religiões… Captando meus pensamentos, ela continuou:

– Essas suas indagações é que propiciaram sua chegada até nós, até às Casas Astrais.

Lembrei-a de que já encarnara com esse propósito.

– Sim, mas poderia ter-se desviado dele.

Disse-lhe que já havia discutido o assunto com Meu Amigo sem encontrar resposta satisfatória. Como poderiam acontecer desvios na trajetória planejada antes da encarnação?

– Veja bem, Halu, quem pergunta espera uma resposta, certo? Muitas vezes a resposta demora e movidos pela impaciência corremos o risco de fantasiar a resposta, livrando-nos da cobrança do QUESTIONADOR. Voltando à experiência do ATZ múltiplo: você suportou um questionamento sem fantasiar respostas que a tirassem da situação incômoda. Da mesma forma, seguiu sua trajetória de vida sem aceitar respostas mitificadas. Quando o ARQUIVO registra uma informação bem traduzida, o questionamento desaparece sendo substituído pela calma e certeza interna.

– E quando as dúvidas persistem?

– É sinal de que ainda não é o momento de registrarmos a conclusão. Aliás, as crianças lidam muito bem com esse circuito do campo lógico-racional: querem saber o porquê de tudo; se esta espontaneidade for respeitada o emocional vai se sentir confortável para verbalizar os questionamentos.

– E se os questionamentos não forem externalizados?

– Boa pergunta. Caso o QUESTIONADOR não obtenha respostas, o centro TRADUTOR sofrerá uma sobrecarga energética. Se o circuito questionamento, tradução, arquivo não funcionar, as energias concentradas no TRADUTOR deterioram, gerando pensamentos confusos, deduções precipitadas. Agora, vamos ver a função do chakra frontal atuando sobre o campo lógico-racional. A explicação fará você compreender melhor o que estamos discutindo.

E, voltando à lousa, traçou um círculo em torno do desenho anterior, assim:

– Este círculo simboliza o chakra frontal em atuação harmônica: questionar, traduzir, arquivar. Quando o centro QUESTIONADOR trabalha gera energia; o mesmo acontece com os demais centros. Os chakras, como você sabe, são mobilizados por energias. Agora, vejamos o que ocorre quando não prestamos atenção aos nossos questionamentos, ou simplesmente os abandonamos.E, retornando à lousa, fez o seguinte desenho:

– Aqui o chakra frontal desarmônico e desalinhado não capta energias do centro QUESTIONADOR, ou seja, do inconsciente individual. Em consequência, o centro TRADUTOR limita-se a aceitar a tradução de informações oriundas de outras fontes. Por exemplo: digamos que eu acredite na morte como fim, esta é uma informação a que cheguei após questionamento e reflexão. Agora, suponhamos que eu informe isso à outra pessoa que abandonou seus próprios questionamentos; neste caso o centro TRADUTOR da pessoa que recebeu a informação como verdade vai se limitar a conduzi-la ao ARQUIVO. Tem início aí um circuito marcado pela desarmonia e pelo desalinhamento.Em seguida, voltou à lousa e fez um círculo em torno do segmento ARQUIVO:

– Observe como o ARQUIVO invade o espaço dos centros TRADUTOR e QUESTIONADOR, e o chakra frontal fica girando exclusivamente sobre o ARQUIVO, apenas registrando as informações recebidas. Este tipo de comportamento faz a pessoa não questionar jamais, recusando-se, em consequência, a ser questionada. É aquele tipo de personalidade autoritária, dona da verdade com grande dificuldade de entrar em contato com sentimentos e emoções.Perguntei-lhe se era possível reverter esse quadro. Rúbia respondeu-me que sim, apesar de não ser tarefa simples.

– A função conjunta desses centros é formatar a crença, sendo esta que determina a sequência dos comportamentos. Observe que uso a palavra crença com a conotação do crer, como direcionamento básico da vida, não no sentido religioso ou místico.

Refleti com os meus botões que, sem sentimentos e emoções, a vida se transforma em mera transação comercial.

– Esta é outra consequência comum que se manifesta no caso que estamos citando – observou Rúbia, lendo meus pensamentos. – A pessoa passa a conduzir a vida como um balanço de perdas e ganhos. Algumas, sentindo-se ganhadoras, espertas; outras sentindo-se sempre prejudicadas, enganadas, exploradas.

Após esta observação Rúbia voltou ao gráfico harmônico, com o círculo abrangendo os três centros e me fez ver, uma vez mais, como naquele caso – pelo total alinhamento do chakra frontal – espiritualização e lógica racional caminhavam juntas, ligadas de maneira indissolúvel.

E assim acabou a exposição daquela jornada. Acordei na manhã seguinte com muita dor de cabeça – da moleira até a testa. Uma agradável surpresa diminuiu um pouco o sofrimento: Meu Amigo veio me visitar.
– A dor indica a abertura dos chakras internos – explicou ele. – Tome um banho frio e procure ficar em repouso que logo tudo voltará ao normal.”

Capítulo 17: FUNÇÕES PRIMORDIAIS DOS CHAKRAS Trecho do Livro “Caminhos de um Aprendiz” Escrito por Halu Gamashi © Todos os Direitos Reservados

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