Captação – Quem te fala são as Águas, a Terra e o Ar

Apocalipse, Captações

Olá amigos, estes dois textos foram captados por Halu Gamashi no dia 14/04/2020:

O mar se viu desprezado, dispensado de sua beleza e magia.
Entulho, escombros e restos confundindo sua maresia.
A Terra se viu retalhada, enterrada por cimentos e ferros.
Escondida do Sol, depreciada.
O verde se viu esgotado, cansado de respirar.
Com seu pulmão cortado, retalhado e espalhado pelo chão queimado.
Quem haveria de pensar que aquelas tiras secas e sem vida eram o pulmão do ar?
Vão para suas casas e deixem recuperar. 
Fiquem aonde estão para eu poder voltar a pensar, criar, reinventar-me.
Eu ouço não me ouvirem.
Eu vejo não me perceberem.
Nunca fiz questão de ser vista. Mas, para a nossa sobrevivência, você precisa me ver e escutar.
Quem te fala são as águas, a terra e o ar. Nós somos possíveis de ser ouvidos.
Logo virá o fogo e este, quando vem, será a última coisa que você verá e o seu próprio grito de espanto a última coisa que escutará.
Por isso nos veja para que juntos possamos parar o fogo que se aproxima.

II.
Amanheceu no deserto e o resto do frio foi se retirando devagar e o seu oponente, o calor, dava sinais que logo mais a areia ferveria no deserto.
Enquanto frio e calor se enfrentavam na chegada da manhã um homem andava rápido, por experiência sabia que pouco tempo teria para avançar e caminhava muito rápido. Precisava chegar a alguma resposta de suas múltiplas perguntas quando, de repente, parou, estancou, olhou para o frio e para o calor que ainda estavam presentes. Ali estava sua resposta, entre o frio e o calor, entre o amor e a dor, entre a ilusão e a realidade, entre a verdade e a mentira. É o percurso diário, desértico do caminhar da humanidade. Esta é a resposta para todas as perguntas. Conhecer o sabor das margens, discernir entre o mal e o bem, entre o amigo e o adversário, entre o cúmplice e o displicente.
É um deserto este caminho de descobertas. Encontraremos alguns oásis no intervalo.
Sempre que fazemos muito por merecer encontramos um oásis.
Procure o seu oásis enquanto passa a tempestade de areia que se aproxima.

Halu Gamashi
14Abr20, 12h18, Lisboa/PT

10 Comentários

  1. Maria de Lourdes Tome

    Então chegou a hora. Será que eu caminhei o meu caminho no deserto? Agora vou saber das marcas que deixei na terra na agua no ar. Vi? Ouvi?
    Deus! Quanto ainda tenho de aprender com o fogo!?
    Perguntas, perguntas. Eh o que esta mensagem de Halu Gamashi me trouxe. Gratidão sempre.

    Responder
    • MAURICÉLIA SOMBRA

      “Fiquem aonde estão para eu poder voltar a pensar, criar, reinventar-me.
      Eu ouço não me ouvirem.
      Eu vejo não me perceberem.
      Nunca fiz questão de ser vista. Mas, para a nossa sobrevivência, você precisa me ver e escutar.
      Quem te fala são as águas, a terra e o ar. Nós somos possíveis de ser ouvidos.
      Logo virá o fogo e este, quando vem, será a última coisa que você verá e o seu próprio grito de espanto a última coisa que escutará.
      Por isso nos veja para que juntos possamos parar o fogo que se aproxima.”

      Este trecho fala comigo, o fogo está mais perto do que pensamos…Quisera eu parar esse fogo com todos os seres…precisamos ouvir…

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  2. Sonia Graminhani

    Me fez lembrar então meu sonho no qual eu corria pra chegar em casa era casa da minha vó época da minha infância, corria para chegar em casa antes dos furacões chegarem na terra, na costa, vindos do mar, perguntarei para quem estava comigo, não sei quem mas o conhecia, será que vai dar tempo da gente chegar em casa, respondeu que sim mas se não desse não tinha problema e nem deu mesmo porque a água invadiu toda rua e aí eu não tive mais pressa nem medo de chegar a preocupação de chegar em casa antes disso eu me entreguei pra aquele momento gostoso de ficar naquela água naquele que parecia ser um rio porque tomou a rua mas era água do mar verde esmeralda cristalina e brilhante só mesmo tempo. Oxalá eu me conheça através do autoconhecimento proposto por seus cursos Halu Gamashi. Muito obrigada por tantos ensinamentos.

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  3. Concetina D’Amico

    Sinto como um último chamado da Natureza, antes que o fogo assuma o papel de protagonista.
    Tempo de definições.
    Tempo de ampliação de consciência, de revisão de comportamento, de assumir a responsabilidade.
    E nadar.
    E correr.
    E voar.
    Halu, haverá tempo!!!!!!
    Halu, haverá tempo?
    Confio!!!!!!

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  4. marina nader

    Fui invadida por um sentimento de pertencimento a esses quatro elementos.
    Gratidão Halu

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  5. Sergio Octaviani

    Nossa que texto espero que esta pandemia nos ajuda a resignificar o que realmete importa nesta vida a darmos.valor.aquilo.que tem.valor .Muito.obrigado por.mais uma.obra.prima.

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  6. Maria de Lourdes Tomé

    Refinamento.
    Que sensibilidade para traduzir a dor da natureza.
    A cada frase, se abre mil imagens de jornal, de TV, escancarando a depreciação e agonia dos mares, das florestas.
    Precisamos de alguma forma a respeitar a nossa casa.

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  7. Jacinta

    Magnífico!!!
    Gratidão Halu! Que Olorum te abençoe!

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  8. MARIA VERONICA DE LUCENA

    Quando morávamos em Fortaleza-Ce., no oitavo andar de um prédio de onde avistávamos o mar ao longe, minha filha sempre sonhava que o mar vinha subindo até alcançar o nosso andar.

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  9. KARLA MARINA BRAGA DIAS

    Halu querida! Sou nascida em Abril e venho resignificando esse fogo por dentro fazem anos!
    Hoje consigo conviver com ele de forma justa em equilíbrio com os outros elementos. E esse foi um longo caminho onde aprendi que todos eles são necessários e importantes dentro de nós nos fazendo crescer e nos doando força a todo momento durante a caminhada!
    Aprendi a ouvir a natureza , e através dela me recuperei muitas vezes,que eu possa ter esse senso de gratidão e de justiça com ela durante todo o percuso de nossa jornada aqui!

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