Cada órgão físico recebe influências diretas de um órgão sutil com função semelhante ao órgão material.

Os órgãos sutis mais conhecidos são a aura, a aura-soma, o campo eletro magnético, os chakras e a glândula pineal.

A glândula pineal já faz parte da nossa composição orgânica. Foram milênios de evolução para que o nosso corpo terreno decodificasse e a incorporasse ao nosso corpo material.

Organicamente falando temos cinco sentidos. Pessoas mais perceptivas começam a construir o sexto sentido que é a intuição. Pessoas mais sensíveis – chamadas de médiuns, de paranormais – estão em desenvolvimento da visão do terceiro olho que é a vidência, a audição mais elaborada, são aquelas que conseguem ouvir o mundo espiritual, pessoas que dedicaram suas vidas à espiritualidade tiveram como consequência natural o desenvolvimento de outros sentidos.

Penso que não escolhi dedicar a minha vida à vida espiritual. Hoje sei que antes de encarnar assumi este compromisso. Fiz esta descoberta aos vinte e nove anos de idade, porém, desde que nasci as idiossincrasias e as peculiaridades que naturalmente despertaram em mim fizeram com que, aos três anos de idade, alguns dos meus familiares buscassem na espiritualidade um remédio. Os médicos, quando me viam adoecer não conseguiam chegar a diagnóstico e “doenças atípicas” foi o que a minha família começou a ouvir desde os meus três anos de idade. A falta de esperança, o medo de me ver morrer foi a porta que abriu para eles se abrirem para procurar a espiritualidade para restabelecer as minhas doenças físicas, e isto virou um hábito: eu adoecia, os médicos não encontravam diagnóstico e eles me levavam a uma casa espiritual buscando restabelecer a minha saúde física. Faziam isto escondido por temerem ser excluídos da sociedade em que viviam. Assim foi até os meus dezoito anos quando descobri que não precisava adoecer: estas doenças eram febre reumática atípica, paralisação dos rins, pequenos infartos; aos dezoito anos descobri que não poderia usar aquilo só como um remédio, que precisava conhecer, afinar minhas energias, alinhar-me.

Disseram-me que a espiritualidade tinha um projeto para mim. Confesso que aos dezoito anos, muito ignorante ainda sobre a espiritualidade me senti invadida e pensava: “Como é isto? A espiritualidade tem um projeto para mim? Eu queria ter o meu projeto para mim”. Porém, apesar destes questionamentos, resolvi ficar e durante nove anos consecutivos morei em uma chácara-escola que me iniciou nos conhecimentos e na magia branca dos elementos da natureza, a água, a terra, o fogo, o ar, a madeira, os rios, as cachoeiras. Como era uma casa de uma antiga cultura Iorubá eles chamavam o mar de Iemanjá, as águas doces de Oxum, a terra e o fogo de Ogum, o fogo feminino de Iansã, o fogo masculino de Xangô – esta história é longa… -. Não era uma casa religiosa, era uma casa que estudava a influência das energias da natureza sobre nós humanos, por isto não era uma casa de candomblé ou de umbanda, estava mais voltada ao conhecimento e a medicina do que aos mitos e mitificações dos elementos da natureza.

Saí desta casa antes de completar vinte e oito anos porque me disseram que tudo o que podiam me ensinar já havia sido ensinado, que eu estava pronta para canalizar com a espiritualidade que me ensinaria outras coisas, outras iniciações.  E, conhecendo esta espiritualidade, descobri, aos vinte e nove anos, o porquê de toda a minha vida estar sempre perto das energias da natureza e da espiritualidade.

Se minha família não fosse tão preconceituosa este meu caminho não teria sido tão difícil, porém, conhecendo-me como conheço foi bom que tenha sido assim porque hoje reconheço: realmente encarnei com o compromisso espiritual, e se lutei tanto contra os preconceitos da minha família é porque havia em mim um chamado muito interno, muito forte para me aproximar e me aprofundar com a espiritualidade.

Infelizmente, no nosso planeta os temas espirituais, e principalmente a inteligência espiritual, é tratada com descrédito, banalidade, superficialidade e ironia, principalmente pelo comportamento da maioria dos paranormais que valorizam muito mais os fenômenos do que os seus significados.

O fenômeno, em mim, sempre o compreendi como uma mutação, o crescimento de um órgão sutil que abriria os meus canais para aprendizados mais importantes. Foi este o valor que dei aos fenômenos: eles precisavam acontecer para gerar mutações no meu corpo material que me viabilizassem o acesso à informação, e hoje tenho certeza que se tivesse escolhido parar nos fenômenos, utilizá-los como forma de convencimento para outros – o que chamam de exposição mórbida – eu não teria cumprido a minha missão de alcançar uma comunicação, que volto a repetir, sinto-me na obrigação, dever e direito de dividir com quantos queiram ler ou ouvir.

Esta é a a minha forma de amar a minha estrada, de amar a Deus sobre todas as coisas, de amar o próximo como a mim mesma.

Halu Gamashi

 
 
(Este é o primeiro texto da coletânea sobre o tema “Pineal – Inteligência Espiritual
 
 

7 Comentários

  1. Regina Lessa

    Halu, é um prazer ir conhecendo você…. preciso ir aos pouquinhos!
    É muita informação! Sua vida foi e é, riquíssima de vivências maravilhosas!
    Obrigada por partilhar tão amorosamente!

    Responder
  2. Maria das Graças Souza Lopes de Matos

    Admirei sua pessoa tão especial no Planeta Terra e em nossa amada Nação Brasileira. Só hj ( 28.06.2020 ) decidi abrir um vídeo seu. ! Quanta informação séria e imprescindível para o momento que vivemos ! Tenho quase 69 anos de idade , por necessidade fui ao encontro do amparo espiritual qdo nasceu meu primogênito há quase 44 anos. Atualmente sou avó/ mãe de meu neto Francisco com nove anos de idade que conta comigo para realizar sua caminhada …Os desafios são muitos ; pois o esposo e avô é aquele que negando rejeita e persegue. Mas no silêncio seguimos . Agradeço ao Mundo Maior aonde cheguei . Muito deveria ter avançado , porém …Deus a abençoe. Paz e Bem !

    Responder
    • Karla Marina Braga Dias

      Gratidão , por dividir tua história marabilhosa!
      Observo que sempre que seguimos a Luz e escolhemos um lado temos que lutar pra continuar demonstrando essa escolha, bonito ver que lutou pra ter dignidade de continuar na Luz vencendo o ego, a ignorãncia das pessoas e tuas próprias sombras. Isso nos inspira e nos dá forças a continuar e seguir, fazendo o Bem a nossos irmãos que encontramos durante nossa jornada aqui!
      Obrigada por tudo querida Amiga!
      Forte Abraço.

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  3. Luana Brandt

    Você me emociona Halu! Sua simplicidade, autenticidade e profundidade me inspiram.

    Responder
  4. Regina Céli Almeida de Souza

    Halu cada dia que leio os seus textos, vejo os seus vídeos, fica cada vez mais emocionada. Estou gostando muito de tudo.
    Gratidão!
    Regina Céli

    Responder
  5. Maria

    Bom dia.
    Como é bom ter um contato diário com seus ensinamentos nos tempos em que vivemos.
    Palavras sábias.
    Que o universo te fortaleça para sempre para que você possa nos proporcionar tantas e tantas curas espirituais.

    Responder
  6. Gislaine Satyko Kogure

    Gratidão e abundância divina!

    Responder

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