As quatro dimensões do planeta Terra e os Orixás.
Em confissões anteriores esclareci o meu conceito sobre as quatro dimensões do planeta Terra.
Orixá é uma palavra de uma língua ancestral, o Iorubá, e um dos seus significados é Ori = cabeça, Xa = Terra. Assim, Cabeça Terra.
É comum se dizer, principalmente nas religiões sincréticas afro-brasileiras, que existe uma quantidade específica de orixás. Uns afirmam que são 12 orixás, outros que são 24 e há, ainda, os que citam outros números.
Em minha opinião, baseada na minha experiência, Orixá significa energia construtora.
Os orixás do elemento terra são todas as energias que emanam da terra.
A quantidade e a qualidade do elemento influenciam na qualidade da energia dando-lhe características específicas. Por exemplo, a energia que emana da areia da praia é completamente diferente da energia que emana da areia dos rios. Bem como, das terras secas, terras úmidas, terras férteis, inférteis.
As emanações energéticas dos outros elementos, água, fogo e ar manifestam o mesmo comportamento.
As energias que emanam das águas salgadas são diferentes das águas dos rios, das águas das cachoeiras, das lagoas perenes, das lagoas que secam.
As energias que emanam do elemento Ar: vento, ventania, brisa, enfim, cada qualidade de emanação tem sua característica, sua individualidade.
E, ainda, não falei nos reinos mineral e vegetal.
Minha opinião, baseada na minha experiência, a quantidade de orixás é infinita porque cada movimento da natureza emana uma energia individualizada com características próprias.
O aprofundamento neste conhecimento foi mutilado pela Igreja Católica. Seus religiosos não conseguiram enxergar, ou conseguiram e por isto mutilaram, o crescimento científico que alcançaríamos sobre a alma humana se nos dedicássemos a estudar os 4 elementos pela ótica da filosofia africana. Fizeram o inverso do que deveriam ter feito.
Religiões e dogmas estão inseridos em toda a cultura e a força católica, na tentativa de dizimar a religiosidade africana -, graças a Olorum não conseguiram -, mas prejudicaram o conhecimento e a sabedoria intrínseca a esta filosofia.
Baseada nas minhas experiências, eu sei que os Orixás são as energias construtoras do planeta Terra. No meu livro, Caminhos de um Aprendiz, apresentei-os como Energias-Mãe de tudo o que nasce.
Na primeira dimensão do planeta Terra estas energias construtoras confeccionaram a sua dimensão, o seu habitat para se estabelecerem e se multiplicarem.
A natureza do planeta Terra é uma usina nuclear, cuja energia gera inúmeros tipos de redes elétricas.
O homem também é uma das construções desta usina.
No Gênesis, quando Deus criou o homem, já havia criado o dia, a noite e a natureza.
Nenhum homem, de fato, habita a primeira dimensão do planeta Terra. Não sobreviveria dentro do fogo, dentro das águas, no interior da terra e muito menos nas nuvens e, por aí vai.
Com o tempo aprendemos a nos “sofisticar” para visitarmos esta primeira dimensão e a visitamos quando tomamos banho de mar, banho de rio, quando assamos nossa comida, quando voamos de balão, de avião, etc.
O homem é um filho da natureza, criado para desenvolver a segunda dimensão do planeta. Nós a criamos, desenvolvemos um habitat para crescermos, vivermos e nos multiplicarmos.
Penso, agora, quantos homens conseguem olhar para o mar e sentir e saber-se filho das águas salgadas? Sentir e saber-se filho das nuvens? Das sementes dos frutos das árvores?
Somos a semente que anda.
Criamos a segunda dimensão e visitamos a primeira.
Toda mãe tem seu filho gentil, seu filho bruto, seu filho agradecido, seu filho ingrato… não é diferente com a natureza.
A minha família, quando nasci, pertencia ao grupo dos linfáticos (reler 1ª Confissão). Com eles aprendi o que é de fato um grupo linfático. Tudo enxergam como alimento, precisam se alimentar, se alimentar, “pegam e não devolvem” e acreditam que não precisam de nada.
A maior ilusão do grupo linfático é acreditar que não precisa de nada. São os mais necessitados. Precisam de uma casa? Matam árvores sem nenhuma consciência. Acreditam que estão limpando o terreno. Estão com fome? Matam animais, verduras e legumes exacerbadamente para apodrecer em suas geladeiras e fruteiras. Acreditam que estão fazendo seu estoque. Não sabem porque adoecem. Por serem arrogantes não sabem que são deprimidos, ansiosos, não prestam atenção aos detalhes, usam a família como um escudo para justificar suas necessidades de poder, de possuir, de enriquecer embasados em suas arrogância e ignorância.
Aos dez anos eu parei de andar. Estoque de comida não me curou, seus remédios me adoeciam cada vez mais e aos doze anos, perdidos e sem saber o que fazer, me levaram, muito escondidos sob todos os panos e cortinas, secretamente à casa de Mãe Menininha do Gantois.
Aproveito este momento para pedir a benção a todos os Orixás, a todas as Ialorixás, Babalaôs, Babalorixás, Yakekeres, Pai Pequenos, Ekedes, Ogans, Ebomis, Iaôs e Abians. A todo o Povo do Santo de todos os terreiros de Orixás do planeta Terra. Abençoe-me meu povo, continue me dando seu Axé enquanto os Orixás concordarem que o meu trabalho é para o crescimento evolutivo do nosso planeta. Axé Odara.
Agora, abençoada, continuo a minha confissão.
Mãe Menininha me encaminhou para mãe Helena e com esta mãe negra, amorosa, linda, maravilhosa, culta, cosmopolita, me curei. Os seus conhecimentos científicos trouxeram a saúde para morar no meu corpo, venci a doença – Atotô – e a sua filosofia foi o meu passaporte para imigrar para a terceira dimensão do planeta Terra. Conviver com a minha paranormalidade sem adoecer.
Aos doze anos iniciei meus aprendizados sobre Astrosofia, a matemática filosófica dos astros, que é uma outra forma de compreender as Energias-Mãe do planeta Terra.
Agora preciso parar, sentir o que escrevi
Amanhã continuarei com minhas confissões,
Halu Gamashi
Agosto de 2014
Lindo. Lendo seus aprendizados sinto-me fascinada. Quem sabe um dia chego lá. Gratidão HG!
Não vejo a hora de chegar meus livros para continuar a leitura, e dela tirar alguns conhecimentos para o meu melhoramento interior.