Com o peso do primeiro Selo do Céu emerge o Cálice das profundezas do inconsciente. A realeza de real valor não se cobriu com a coroa de ouro, não se sentou à mesa de pedra rara. No entanto, sente onde sentar, faz dali o seu trono.
E o peso do segundo Selo do Céu fez emergir da profunda dor do medo do mal, Longinus, a Espada que banhada no sangue dourado do perdão tornou-se Santa de uma santidade cobradora de justiça.
E o peso do terceiro Selo do Céu fez emergir águas ocultas puras como o futuro, necessárias como o presente. Águas que guardaram um Cálice e uma Espada protegendo-os do olhar imundo da vaidade.
E o peso do quarto Selo do Céu trouxe à presença do Espírito corações guardiões da Esperança e o Santo Espírito, recebendo os corações em Suas mãos, abriu o portal da caminhada eterna para que os corações pudessem entregar sua Esperança nas mãos do Divino.
O peso do quinto Selo do Céu agora era a morte ou o desapego. Só a morte favorece o prolongamento da estadia no mundo das dores onde até as flores sangram. Só o desapego trará a transferência para um outro mundo onde a dor pode ser curada com a esperança dos que chegaram primeiro.
O peso do sexto Selo do Céu separará os mortos da morte dos vivos nascidos de novo para a Ressurreição. A estes serão entregues o Império sem imperador, o amor do Divino Coração, a Paz da Pomba Branca do coração vermelho que segura a Espada da Liberdade e o Cálice da Nova Aliança que serão a lei deste Império que se aproxima.
Porto Cale, Portugal, Porto Graal, assim se cumpre o tempo para um novo surgimento do tempo das Águas Primordiais.
Halu Gamashi
20Maio2019, 1h10min, Lisboa/PT
Halu no ritual da lua cheia, vi na minha caixa a pomba branca. Poderia desvendar pra mim?