Energia Vital e Circuito Energético

Por questões pessoais eu fui tratada por pessoas cuja terapêutica era o circuito energético e a vida me levou a ser terapeuta, a cuidar de pessoas.

Eu escolhi a terapêutica do circuito energético como ferramenta principal do meu trabalho por compreender e entender que as energias são a fonte que dinamiza a qualidade da vida.

A energia vital é o átomo que constrói a nossa personalidade e as nossas características, que define e compõem a metodologia e as estratégias para aprendermos a viver e a executar a vida. Percebi claramente que as queixas, as angustias, as frustrações, as decepções e os fracassos têm origem na desarmonia da energia vital.

Viver é um processo contínuo de construções ou destruições. Ao conhecermos o circuito energético compreendermos os porquês das construções e o que faltou para que elas viessem a se destruir.

Aprendi a ver que, por mais que alguém se determine a estudar e a trabalhar, se não estiver atento à forma, à metodologia e à estratégia que a sua energia vital dinamiza para estas construções, a determinação teórica, os desejos, os sentimentos, as metas racionais e emocionais se perderão nos percalços da ilusão.

O circuito energético nos mostra como realmente somos, os nossos limites, a nossa condição pura de individualização, como popularmente se diz, “a vida como ela é”. Facilmente driblamos o nosso desejo e nos convencemos ou somos convencidos por estratégias sociais que teorizam a vida. Com estes recursos somos levados a acreditar que existe um sistema padronizado para tudo. Desta falsa crença nasce tudo o que a teoria não previu, que o sistema massificante não percebeu.

O meu principal professor me ensinou que “dizer que vai a Paris é diferente de ir a Paris”. Há aí uma diferença de 10.000 Km na prática real.

Aprendi com o circuito energético que manter o que se conquista é muito mais complexo do que conquistar.

A manutenção de uma conquista exige saber conviver, conhecer a si mesmo, saber os limites de tolerância, aceitar que a outra pessoa que, superficialmente tanto nos atrai e fascina, é um ser que se parece conosco mas, em níveis mais profundos, é completamente diferente.  Este nível mais profundo a que me refiro é a energia pessoal individualizada e intransferível.

Cada um de nós assimila a vida de acordo com as condições de nossa energia vital.

Desta forma, ir a Paris, para cada um de nós, é uma coisa diferente, bem como estudar, comer, sexualidade, sofrimento etc. Fato é que todos queremos ser felizes. Mas será que temos energia para isso? Se já nascemos constituídos, energeticamente programados para sermos felizes, porque nos desviamos tanto?

Muitos acreditam que a felicidade não existe. Na minha opinião pessoal como terapeuta o que não existe é um estudo minucioso e eficaz sobre a energia pessoal. Não somos levados a pensar nisto. Nos programamos para a vida sem nos preocupar com os combustíveis que estimulam a vida a viver. É como viajar, programar a viagem, escolher uma data e definir o local sem considerar a eletricidade e a mecânica do carro. Todo o passeio, os projetos e as férias podem ficar no meio da estrada à espera de socorro.

Trabalhar com circuito energético é não precisar socorrer ninguém. É fazer com que o paciente aprenda a avaliar as suas condições energéticas, o que atrai e o que retrai de forma compulsória… Sem perceber vamos estudar, casar e viver compulsoriamente “Tudo isto faz parte da vida, não é?”. É, mas cada um de nós tem uma maneira, um jeito próprio de definir a ordem de prioridade de todas estas escolhas. Quem conhece o seu circuito energético não se deixa levar por compulsões de nenhuma natureza.

Ao estudar circuito energético descobrimos que todo querer é válido, mas o poder precisa ser validado. Um poder validado é a forma concreta com que cada um de nós executa, levando em conta a energia vital de cada um.

O objetivo deste trabalho é estimular o conhecimento, o autoconhecimento do circuito energético pessoal.

 Halu Gamashi