Para todos os amigos que tenho no mundo,
Estou fora da minha casa há quatro meses e, nestes quatro meses, estou dentro também da minha “Casa” ampliando os meus cômodos internos, iluminando espaços escuros, encontrando respostas profundas que apesar de explicarem cinquenta anos da minha vida, que apesar de clarearem o tudo e os porquês, necessário se fez que eu tivesse muita força para reconhecer em mim mesma a minha imagem interna, ver a minha alma no reflexo de um espelho. Por isto ampliar meus cômodos internos foi importante, foi como olhar para o horizonte, traçar uma reta e confirmar que o mundo é redondo.
Quando saímos do ponto de partida chegamos ao fim da jornada e nos reencontramos depois de circular pelas retas e metas que traçamos no horizonte.
O nosso planeta é redondo.
O pensamento linear nos afasta de grandes leis que só conseguirão ser entendidas quando descobrirmos que a função da reta é construir seus próprios ângulos para encontrar o círculo, a órbita que habita os nossos pensamentos e sentimentos.
Quatro meses longe do que me é conhecido e quatro meses totalmente entregue ao que me era desconhecido me confirmou que o estrangeiro é um amigo que ainda não conhecemos, que o desconhecido é uma pergunta que ainda não fizemos e que o grande Amor é aquele que todos nós continuamos procurando.
Com amor por todos,
Halu Rama
Glasgow, Escócia, 4.10.2016, 9h50min
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