Quando o homem está subornando, praguejando, difamando, mentindo, matando, perseguindo, agindo com ingratidão, praticando estes e outros malefícios inspirados pelo Eu Inferior, não questiona, não pensa, não se lembra da lei da ação e reação, nem do arrependimento.
Quando a lei da reação começa a atuar, o homem que se mantém no Eu Inferior proclama-se vítima do destino, de outras pessoas, procura culpados e quando os encontra volta a agir com as suas ações inferiores.
Quando a Lei da Reação volta a atuar sobre ele, se ainda o encontra no Eu Inferior, esta parceria pode se prolongar por séculos, milênios. Quem sabe?
Quando a lei da reação volta ao homem e o encontra no Eu Superior ele se vê inteiramente, reconhece as suas ações no espelho das reações. Se não sustenta com humildade o momento, torna-se arrogante e acredita ser capaz de enfrentar as leis quânticas universais.
Quando suporta o confronto com humildade, reconhecendo-se no espelho das reações, o homem conhece o arrependimento e vive dois momentos: um de tristeza por sua ignorância e um segundo momento de alegria por se reconhecer menos ignorante. Torna-se sábio, observador das leis quânticas universais que são a ação e a reação; a sintonia e a sincronicidade; a memória humana; a memória transcendental, o autotransporte, a mutação, a transmutação, a transmigração, a onisciência e a onipresença.
Onisciente porque estará ligado a tudo e todos que ama e preserva. Onipresente porque todos os que o amam também preservam a sua presença em si.
“Sois deuses”, disse Jesus.
No dia em que a humanidade compreender que ser deus não é ser dono, que ser deus não é dar ordem e exigir obediência, que ser deus é atuar no livre-arbítrio compreendendo o tempo de cada um, desde o filho que nunca abandona ao filho pródigo que retorna ao lar, saberá que temos muitas semelhanças com o nosso Criador que estão ocultas pelas crenças invertidas que adquirimos sobre o que é ser um deus.
Não existem dois deuses, Deus é único, plurais são as suas manifestações. O homem é uma manifestação de Deus, a natureza é uma manifestação de Deus, porém se compreendemos Deus como um ditador, um torturador, criaremos um deus desumano na origem da nossa humanidade ainda apartada do único Deus verdadeiro.
O deus humano, criado pelos homens, é uma tentativa de inverter o posto de criador com o posto de criatura. O deus humano que inventamos é uma vontade inferior de que o Deus Único e Verdadeiro se assemelhe ao nosso eu inferior.
Halu Gamashi
Hua Hin, 6.9.16 15h30min
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