O pensamento é um órgão sutil cuja principal função é nos tornar sábios.
Em um primeiro momento o pensamento nos influencia através das dúvidas. Ele, o pensamento, acompanha-nos quando estamos raciocinando ou sentindo uma emoção e surge criando dúvidas, questionamentos e indagações para desenvolvermos um Saber.
Toda sabedoria busca acesso em todos os seres vivos e, a depender da espécie, a energia da sabedoria desenvolve uma forma de contato. Portanto, a energia da sabedoria está bem perto de todos os seres humanos e qualquer um pode acessá-la.
O início da sabedoria é uma informação que nos cativa, que mobiliza o nosso interesse. Entra em cena o raciocínio e o sentimento incentivando o nosso emocional a se manifestar, um trabalho em parceria.
Em um dado momento surge o pensamento trazendo suas dúvidas, indagações, estimulando a nossa curiosidade, nossa necessidade de aprender e isto nos faz procurar leituras sobre a informação, procurar pessoas que acrescentem dados para que esta informação cresça.
Seguindo este caminho surge uma nova etapa: aquela simples informação configurou-se num conhecimento. Mais uma vez o órgão sutil, o pensamento, entra em ação estimulando nossa reflexão para que formemos uma opinião sobre este conhecimento e, nestes momentos, em que o órgão sutil Pensamento confirma que a informação foi configurada por um conhecimento, a sua intensidade aumenta incentivando dúvidas maiores e questionamentos maiores.
Com este trabalho sobre o nosso raciocínio e emoções, o órgão sutil Pensamento objetiva que exercitemos a coerência.
Um conhecimento só se torna uma sabedoria se a coerência lhe der plenitude. Se a sabedoria não concordar este conhecimento não é um saber e se transforma, imediatamente, em uma especulação. Esta é a diferença de uma informação, um conhecimento e um saber. Para se alcançar a sabedoria é necessário que tenhamos humildade, caso contrário, ficamos inventando fórmulas, justificativas, generalizações tentando tornar o conhecimento em sabedoria.
Quando a humildade está presente e observa estas tentativas, imediatamente nos mostra que tudo o que estamos fazendo é especular sobre um conhecimento.
Se permitimos o órgão sutil Pensamento trabalhar, burilamos nosso ego, desenvolvemos humildade, aprendemos a controlar nossas emoções porque o que o equilibrado não é ter uma sabedoria: o que nos mantém em equilíbrio são as etapas que vivemos procurando por ela.
A pressa e a arrogância são grandes obstáculos que tem a força de impedir o órgão sutil Pensamento trabalhar.
Sugestão – respeite mais as suas dúvidas do que as suas certezas. Cada vez que uma dúvida encontra uma resposta fortalece a certeza. Por tudo isto as dúvidas são mais importantes. A dúvida não é uma ofensa, nem uma ferramenta de separação, muito pelo contrário: a dúvida é como um encontro e se inteligentemente permitimos que ela fale, se o nosso interlocutor também quer desenvolver uma parceria conosco, responderá as perguntas da dúvida e se abrirá para colocar as suas próprias em busca de resposta.
Quando colocamos uma dúvida e um interlocutor nos repele, uma demonstração clara de que ele não conseguiu enxergar em nós nenhuma importância. Se tentarmos manter esta parceria ela tomara o caminho das máscaras, da falsidade, das bajulações e para tudo isto existe o livre-arbítrio, para que possamos escolher se queremos a nossa volta pessoas que nos questionam em busca de respostas, de afinidades ou se queremos a nossa volta a amizade das máscaras, da hipocrisia, da superficialidade e da bajulação mútua.
Halu Gamashi
Cacha Pregos 24.mar.2016 19h57min
( Quarto texto da coletânea sobre o tema “Pineal – Inteligência Espiritual“)
Recomendação – Ler o capitulo 17 (Funções Primordiais dos Chakras), do livro Caminhos de um Aprendiz, de Halu Gamashi.
Mais um aprendizado!
Gratidão Halu!