O meu pensamento surpreendeu minha curiosidade trazendo-me notícias de mundos que jamais imaginei existir.
As notícias chegaram a mim como gotas de chuva, relâmpagos, trovões e trovoadas.
Minha inocência perdeu a chave de casa.
Minha caixa de correspondência ocupou toda a minha casa e tudo são notícias, revelações, compreensões em níveis profundos. E lá no fundo, no fundo do poço, eu encontro a água limpa.
Não posso sequer me queixar da escuridão do poço, a luz é clara, a água transparente que espelha sem deixar nenhuma dúvida imagens desconhecidas. Virei-me por dentro, vi-me ao avesso e consegui ficar de pé.
O que mais me assusta é a minha falta de susto.
Ou um pedacinho do meu eu antigo, que cultivo com muito carinho diga-se de passagem, pergunta para ninguém e a resposta está na dúvida: sem dúvida é a resposta. E pergunta, não é que é verdade?
A couraça da verdade é a sua naturalidade e o seu esconderijo a simplicidade, como se fosse bem maior que ela própria.
A verdade caminha tranquila chutando as pedras que encontra no caminho, cheirando as flores, olhando ninho de passarinho.
A verdade é tão ela mesma que não se afirma.
E a maior parte de mim agora, eu ainda não tenho intimidade. Intimida o que sobrou de mim de sempre e, ao mesmo tempo, encanta-me e me enamoro das minhas novas potencialidades; brinco com elas, finjo me esconder do mundo como se eu não soubesse de nada.
Meu pensamento pregou uma peça nos meus conteúdos. Eles se tornaram tão pequenos e inúteis como este mundo velho que está caindo. Que se vá de uma vez para que chegue o Sol na casa do norte e seu brilho se atire no mar de braçada a braçada encontre o sul e possa o Sol viver no mundo seus dois verões.
Eu estou conhecendo o meu segundo.
Halu Gamashi
15Abr20, 00h04, Lisboa/PT
Mais um texto maravilhoso transbordando esperança.
Cuantos de nos nos fizemos esa pergunta?..Halu nos invita a olhar o nosso interior..Gratidao.
Admiro demais a forma de Halu colocar em palavras, as realidades que vivencia. Fico encantada com a sua habilidade cirúrgica de traduzir e apresentar seus movimentos internos. O final fica em aberto para a vida viva que segue.
Lagartas e borboletas. casulos ao avesso. transformação plena em plena transformação. temporalidades em atravessamentos. olhar interno. olhar do outro. olhar do AstroNauTa. olhar divino. pura eletricidade. Que depoimento! vertigens
Quanta profundidade Halu, com tanta simplicidade, que invade o Ser de todos, trazendo essa Luz que recitas em teus versos , clareando a todos nôs em todo lugar.
Muita emoção me tocou o fundo de minha Alma.
Minha eterna gratidão querida!!
Hoje, pela primeira vez li ou ouvi alguma coisa de Halu…Adorei, me fez centrar e reviver momentos inesquecíveis de vida que se encaminha para um final feliz…Dezembro está chegando e eu completando 80 anos…
QUANTA BELEZA DE SER! Quanta canalização de vida sendo vivida, na organicidade e naturalidade de ser. Namastê, Halu.
Halu, como lamento não ter te conhecido antes para poder me deliciar com seus ensinamentos e me enriquecer um pouco com tanta sabedoria. Sinto que a jornada que ainda me resta nesse Planeta é mais curta do que o tempo já vivido… mas, o que me consola é ter a certeza que ainda posso continuar esse aprendizado em outra encarnação. ASSIM NA TERRA COMO CÉU!
Halu, querida! Me sinto dentro dessas palavras. E olha q tô bem rasa . Vc com sua profundidade atual, pois esse é um texto antigo, me incita a estudar e descobrir p tb deixar ir meu mundo antigo.
Com amor por tudo q tem deixado p nós.