Nessas águas, quantos dias, entre Credos, Terços e Ave Marias, ideais se lançaram ao mar.
Muitos sonhos, alguns inconfessáveis, impossíveis de serem escutados por ouvidos desumanos.
Protegidos pelo silêncio navegavam no Vinho da Taça da Celebração fazendo dali o seu mar.
Conduzido para o interior dos corpos a cada celebração, até a mais truculenta das bocas recebeu esse Segredo que fez do Vinho e da Taça o seu mar.
Os anos foram se passando.
A primeira preocupação que fez o Vinho da Taça o seu mar foi despertar a língua para novas formas de falar, limpando a garganta de memórias linguísticas não mais desejadas.
Atualmente não é mais segredo que a língua do Porto Graal Sul estala suas palavras cantando-as. Oras, não nasceu nos momentos de celebração?
A segunda preocupação do Segredo que fez do Vinho da Taça o seu mar foi dar origem a uma efeméride em nosso planeta: transmigrar sangue, cores, cabelos e pensamentos possibilitando a geração de uma irmandade planetária cuja mistura dificultaria levar suas almas para a escuridão através das já conhecidas guerras econômicas, santas, raciais porque em cada brasileiro há um tanto de pensamentos, credos, religiões, cor de olho, cor de pele como pensou e determinou os Segredos que fizeram do Vinho do Cálice o seu mar.
Feito isso, chega o tempo da concretização de outros quereres dos Segredos do Vinho que sempre são tragados ancorados nos momentos de celebração.
Quem tiver ouvido para ouvir que ouça porque hoje não é mais segredo, Brasil, Pátria da Esperança, Celeiro do Mundo, terra muito amada pelas Divinas Forças que a construíram preservando-a da ira ignorante que transforma jardins em fumaças.
Halu Gamashi
Trancoso, 22abril2018, 14h18min
Lindo,Gratidão!