Maria de Magdala – Captação “Caminhos do Graal” – #1

Caminhos do Graal, Captações

Maria de Magdala – Captação “Caminhos do Graal” – #1
Captado em: Alto Paraíso, Goiás, 26 de Julho de 2005

Ele esteve em particular com Judas, o Iscariotes. Nós não participamos desta conversa. Judas se foi e agora eram onze, ele e eu.

– O que está por vir se anunciará como um fim. É preciso que seja assim. Preciso que pensem que o movimento encerra-se em mim.

Olhou para mim e eu senti o peso do momento, mais do que isto, o que viria depois.

Tirou do alforje algumas ervas e uma pedra que estava sempre presente nos seus rituais. Chamava-a de Pedra do Fundamento. Depositou as ervas no cálice, misturou-as ao vinho, colocou a pedra na boca e, durante alguns minutos, bebia o vinho sem tragá-lo e devolvia-o ao cálice.

– Bebe-o tu, Maria, de uma só vez. Toma este cálice e esta pedra. Leva-os aos Sete Eixos Sagrados que unem o Sol do Oriente ao Sol do Ocidente.

A mistura me trouxe um torpor. Dormi e sonhei e, em sonho, vi-me em terras estranhas conversando com pessoas estranhas, desconhecidas. Um sonho claro e nítido.

Quando despertei, ele estava ao meu lado. Tocou a minha testa e me disse:

– O que sonhaste não revela a ninguém. Em verdade viveste mais do que um sonho, tua memória te levou ao futuro. Estas pessoas, que viste em teu sonho, estarão lá, aguardando. Elas te auxiliarão a cumprir a tarefa da fundação do Graal em todas as terras do mundo.

O que se segue todos já sabem.

Desde aquela noite, o cálice e a pedra ficaram aos meus cuidados.

Não foi difícil compreender porque ele me queria presente em todos os acontecimentos, em todos os rituais

Em nossa vida de amantes, falava-me dos sete pontos sagrados em terras tão distantes, de costumes tão estranhos que antes de conhecê-los tudo ouvia como a história de uma mente fértil, que almeja a união do mundo mais do que qualquer coisa. Era um homem falando dos seus desejos, dos seus sonhos, da sua imaginação.

Todos nós tínhamos consciência da sua importância, enquanto ele se esforçava para nos fazer entender da nossa importância nos seus planos e projetos, e eu ouvia tudo. Como fazê-lo calar se sua paixão me envolvia e tomava-me de tal forma que, sem crer, sem saber, sem ver, eu acreditava em tudo o que ele dizia.

Falava sobre os sete solos sagrados, caminhos de entrada e saída da Terra para um mundo melhor, onde existiam jardins, comunhão e o amor em paz. O que podia eu, naqueles tempos, absorver de tudo isto? Entre Magdala e Jerusalém, eram as terras que eu conhecia.

Ele falava-me de homens gregos, de cabala, de ciências astrais e austrais enquanto lhe preparava o vinho, sempre amargo, e o carneiro com romã. Falava da romã como fruto sagrado que cativava o som angelical de seres superiores para a voz de quem o comia. Dizia ser o carneiro uma ferramenta especial para nos fazer compreender os ventos luminosos.

Riamos um pouco as suas costas e sentíamos a voz dos anjos que falavam por ele e os ventos luminosos que vinham do seu jeito de balançar os cabelos sobre os ombros.

Amar e amar, respeitar um Pai que era um Deus. Ele acreditava nisto, e mesmo órfãos sentíamos a presença que vinha deste Pai.

A sua luta por nos manter unidos fez com que nascesse uma amizade entre nós e nossas vidas pertenciam a ele; enquanto ele lutava para nos fazer entender que a vida dele nos pertencia.

Seu sono era cheio de súbitos, despertava sonhando e os pesadelos eram terríveis. Acalmá-lo era uma tarefa de todos nós. Fazê-lo dormir de novo era uma particularidade minha.

Falava com as estrelas, com o mato, com a noite, com os animais. Falava comigo e voltava a dormir o seu sono ansioso e preocupado. Seu maior temor era que o grupo se dispersasse com a sua ida – o que aconteceu. De todos nós ficamos eu e Pedro, para nos recuperar da cruel dor da sua partida e para manter viva a sua memória e a sua história.

Pedro e eu repetíamos dia a dia, um para o outro, as passagens e as histórias que ele contava na sua leal vontade de nos fazer entender o seu ensinamento.

Minha presença no grupo, no começo, causou muito mal-estar. Não era comum o envolvimento de mulheres com rabis. Mas ele não era um rabi, vestia-se como homem, falava como um louco, sorria e brincava como uma criança. E eu não estava ali a procura de um rabi, eu o queria como homem.

Convivendo com ele percebi que para tê-lo como homem era preciso abarcar e receber o seu céu, as suas virtudes – mais do que tudo – a sua revolução.

Com o passar dos tempos, os desconfortos iniciais desapareceram.

Ele insistia em dizer que, de verdade em verdade, não existiam homem e mulher. Ele falava das nossas almas, da sua alma, da alma do mundo. Todos e tudo para ele eram almas revertidas de uma matéria que aprendia conosco sobre o divino e por gratidão nos ensinava o caminho de volta para casa.

Com o passar do tempo, sentir a minha alma e este encontro, meu comigo mesma, fez-me encontrar espaços para querer o seu céu e o seu Deus; assim eu conquistei o meu homem.

Ensinava-nos a não temer nada:

“O que arranha a carne protege a alma, as garras apodrecem com o sangue e o sangue se converge em luz”.

A preparação para o ritual do cálice no primeiro solo sagrado não nos exigiu muito. Era ali mesmo, em Jerusalém.

Precisávamos reunir doze pessoas e esta parte da tarefa foi a mais difícil; alguns discutiam a minha liderança no ritual e Pedro exigia que fizéssemos exatamente como Emanuel havia dito. Eu queria manter comigo, em mim, a memória dele e o que dele restara: o cálice, a pedra e o ritual. Assim não abrimos mão do que nos foi orientado.

Outros acreditavam existir no grupo um traidor e, temendo a perseguição, preferiram cultuá-lo em segredo. Assim, Pedro e eu, as duas irmãs de Lázaro, José de Arimatéia, mais sete seguidores deste último conseguimos reunir as doze pessoas necessárias para invocar a energia do Espírito Santo para o especial ritual que consistia em repetir todos os passos feitos por ele durante a última ceia: pão ázimo, para lembrar a nossa língua que o sabor depende da nossa vontade; ervas amargas, para lembrar o nosso coração que o doce é produzido pelas entranhas do sentimento; o carneiro, para nos lembrar os ventos luminosos, para fazer saber que pensar é uma virtude herdada pelos filhos de Deus.

Olhávamos o carneiro e lembrávamos dele – o cordeiro imolado pela incompetência dos homens em entender mensagens do amor maior.

Para acompanhar a comida, o vinho amargo com as mesmas ervas escolhidas por ele.

Comíamos todos juntos e bebíamos um de cada vez, com a pedra na língua, e o vinho do cálice, do seu cálice, o cálice que ele me deu.

Fomos todos tomados pelo mesmo torpor. Para cada um, um sonho diferente. O meu sonho se repetia, com a diferença de que não o encontrei ao meu lado para segurar a minha mão e me orientar.

Depois da ceia escolhíamos um pé de árvore, como ele havia me ensinado. Escolhi uma de raízes profundas, tronco largo e copa bem aberta.

Era importante uma árvore que desse frutos.

Passaram-se alguns meses e os frutos vieram. Colocamos em um cesto de palha, tecido por mim, e distribuímos os frutos. Não houve quem não ressaltasse a pureza do sabor e do perfume. Nós, que preparamos o ritual, sabíamos o que estávamos oferecendo e dividindo. Era dele aquele cheiro, aquele sabor.

Em sonho, Pedro o ouviu dizer que não me acompanhasse nas próximas viagens. Era preciso que Pedro ficasse nas cercanias de Jerusalém, onde ainda era presente a sua memória, para difundir os seus ensinamentos. Mesmo assim, Pedro insistiu.

Preparando-nos para caminhar pelo Oriente foi preciso que Pedro o ouvisse e visse. E ele disse:

— Aonde vais, Pedro? Fica que preciso de ti aqui. Deixo contigo a parte mais difícil. Serás perseguido como eu fui. O teu sangue glorificará a terra e diminuirá a alma de quem te ferir. O significado da Justiça, levará muito tempo para que os homens o entendam. Talvez milênios, Pedro.
Quando a terra for fertilizada com sangue e a sabedoria da terra discernir sobre o sangue que recebe, quando a terra receber o teu sangue, detectará dor e honra e concluirá que, mais uma vez, homens mataram homens honrados.
De posse deste conhecimento, neste exato momento, a terra separa a dor da honra. A honra seguirá contigo, Pedro, na tua alma, e a dor procurará quem te feriste. Isto não é vingança.
Oremos sempre a Deus para que a terra, o fogo, o ar e as águas não aprendam com os homens o que é a vingança.
O fenômeno que te explico, Pedro, é um fenômeno natural, uma causa natural da justiça divina atuando através da terra e do fogo. Quando compreenderes a causa, alcançarás que a consequência, a reação, é a honra ser devolvida ao homem honrado e a dor ser devolvida ao homem sem honra.
Tu és forte, Pedro, e a terra contaminada com teu sangue erguerá para mim a árvore sagrada que repercutirá minha mensagem.

Tomado pelo forte sentimento de estar de novo diante de Emanuel, Pedro o interrogou:

— Queres que faça eu mesmo o teu templo?

E ele sorrindo, como sempre, respondeu:

— Pedro, Pedro, tua carne é a minha carne, tua alma solicita a minha alma. Será a terra, Pedro, quem construirá templos nas cavidades dos corpos que nascerão depois da tua partida. Meu sangue já está na terra à espera do teu. Entrega à Maria de Magdala a tua pedra, a pedra que eu te dei. Ela a levará consigo e passará a fazer parte do ritual que une o Sol do Oriente com o Sol do Ocidente, e assim, os frutos do teu sangue se espalharão pelo mundo como o meu e toda a alma que renascer a partir de então trará consigo o órgão fundamental para a construção do templo sagrado, cujo senhor é o meu Deus, o meu Pai, o teu Deus, o teu Pai.
Este templo, Pedro, não nascerá do barro da terra, não será construído pelas mãos dos homens e não será ungido por suas doutrinas. O templo a que me refiro nascerá a cada nascimento de toda alma que nascer de novo na Terra.

Em prantos, Pedro veio até mim. Também em prantos, escutei a sua narrativa. Queria saber mais, como ele estava. Era ainda o nosso Emanuel? Sorria como antes? Balançava o cabelo sobre os ombros? Acariciava a terra enquanto falava? Brincava da nossa inocência? Chorava ao olhar para o sol? Estes interesses prolongaram o meu entendimento sobre a mensagem de Pedro. Demorei a perceber que dali adiante seguiria sem ele a minha viagem.

José de Arimatéia, Marta e Maria uniram-se a mim para seguirmos nossa caminhada pelo Oriente, para encontrarmos a montanha que estava na minha memória, que eu não poderia revelar a ninguém, apenas quando estivesse diante dela.

Entre os discípulos de José de Arimatéia existiam dois que já haviam caminhado pelo Oriente. Seria uma viagem longa, conflituosa, cheia de inesperados.

Percebendo a falta de recursos resolvi rezar, procurar aquele Deus que levara Emanuel. Ele me escutaria? Eu O escutaria? Procurei Pedro, o mais espiritualizado de todos nós. Disse-me que oraria comigo.

— Lembra-te, Maria, o que Emanuel nos ensinou: a união de dois corações em prece o traria à nossa presença.

No Monte das Oliveiras, reconheci a sua árvore predileta. Como não a reconheceria? Por que não a procurei antes? Percebi que ingenuamente afastara-me de tudo o que me trazia fortes lembranças. Compreendi um pouco mais sobre ele na raiz exposta daquela árvore. Como separar as necessidades humanas dos sentimentos divinos? A solução por ele encontrada foi misturá-las e nunca as afastar. Havia dito que jamais se separariam totalmente, pois tudo que com ele convivera guardaria em si muito dele. E estava ali, entre a minha mão e a mão de Pedro, balançando nas folhas das oliveiras. Impulsionados pelo momento, Pedro rasgou suas vestes e jogou seu rosto na terra. Esquecemos de rezar, ou oramos intensamente nos limites da nossa paixão e contentamento. Pensei em fazer como Pedro, mas preferi ser tocada por Emanuel ao invés de tocá-lo. Uma alegria estonteante nos envolveu, riamos por dentro de nossas dores. Chorávamos pela alegria reinante e Emanuel, ou o vento, fez com que caíssem algumas folhas sobre nós. Lembrei-me do óleo que ungira seu corpo para fortalecê-lo de suas fragilidades – e a sua maior fragilidade era o medo de ferir alguém. Recolhi as folhas e extrai o óleo para prepararmos a nossa viagem.

Fomos em busca de José de Arimatéia, que era muito amigo da mulher de Pôncio Pilatos. Resolvemos procurá-la, Emanuel confiava nela.

Nossa viagem tornou-se possível com a ajuda de algumas pessoas, Cláudia, esposa de Pôncio Pilatos, duas famílias da cidade de Ur e alguns zelotes, seguidores de Judas, o Iscariotes. Preparamos a viagem. Na despedida, Pedro pediu um particular comigo e me ensinou o astrograma sagrado do peixe.

Este astrograma tinha duas finalidades: reconhecer e ser reconhecido por seguidores da Fraternidade Branca, uma sociedade secreta muito antiga à qual Emanuel pertencera. Um desenho de um peixe de cabeça e corpo proporcional e duas estrelas, uma benção à terra, um pedido de licença, a anunciação de um estrangeiro que chega em paz.

Sabia que não voltaria a ver Pedro e descobri o quanto o amava, na hora da partida. Ele, com certeza, já sabia do seu amor por mim.

Assim fomos, uma caravana com três mulheres e nove homens. Uma caravana inocente. A cada perigo sentíamos o nosso despreparo.

Maria, irmã de Marta, por ser a mais desconhecida entre nós, arranjava-nos alimento e água. Com vinte dias de viagem, numa dessas saídas, Maria não retornou. Assustados e aflitos, resolvemos seguir viagem.

Ainda na primeira hora um soldado romano nos alcançou, contou-nos o ocorrido: encontraram Maria, torturaram-na até a morte para que ela revelasse o motivo da caravana, o porquê de nossa viagem. Este romano participara do interrogatório violento. Algo de Maria o tocou, contou-nos um estranho sonho, um torpor profundo que arrebatara a sua alma. O homem chorava muito, culpado, arrependido, desgraçado. Conhecera Emanuel quando fora interrogado pelo Senado Romano. Não encontrara motivo, uma compreensão justa para a sua condenação e confessou-nos ter visto Emanuel ao lado do corpo morto de Maria, estranhamente sorrindo para ele – ele não sabia que Emanuel sorria sempre. Para redimir seu coração, veio até nós para nos revelar o ocorrido. Fez-nos ver que a nossa caravana chamava muita atenção.

José de Arimatéia resolveu, então, repartir a caravana. Seguiria com Marta e quatro discípulos. Os outros quatro e eu seguiríamos a rota pretendida. Nem por um momento pensei em desistir. Mas o que me fez resistir? A pura fé de Emanuel? Não, eu não a tinha. A preocupação com um mundo que eu nem conhecia? Seriam os homens destas terras estrangeiras tão diferentes dos demais? As lembranças de Emanuel e o meu amor por ele definiram a raiz da minha decisão.

Os discípulos de José de Arimatéia queriam saber dele — Os milagres eram verdadeiros? Ele era sincero? — Como falar para quem quer que seja sobre a veracidade de Emanuel se ele mesmo brincava e ria de tudo. Como confirmar para aquelas mentes sedentas de histórias angelicais comuns nas suas doutrinas o viver real de um iluminado trabalhando para a escuridão do mundo?

De verdade em verdade, o cego queria ver e eu apenas mostrei a ele o seu querer, o paraplégico já estava cansado de não andar e eu apenas mostrei a ele o seu cansaço. Como falar aos famintos? O peixe que estava na cesta, antes estava em outro lugar. Não sou eu quem faço os peixes, eu faço a fome. Não há milagre em alguém instigar a fome. Milagre é o mar que gerou os peixes, gerou a a vocês e a mim.

 Uma festa sem vinho não é animada.

 As uvas e os pêssegos têm ânimos próprios que nos fazem dançar em comunhão com a natureza. É a graça da dança, a divina graça dos bailarinos da natureza. Eles fizeram o milagre. Eu? Eu só queria dançar.” 

Os discípulos de José de Arimatéia, tão acostumados a rituais silenciosos e a repetir sempre as mesmas palavras e gestos, espantavam-se ao ouvir-me falar de Emanuel. Consegui convencê-los com uma única explicação: o que fazia dele divino não era o que fazia ou dizia, era como falava, como dançava e como amava. Eles queriam mais. Mais o quê?

A viagem transcorreu tranquila. O desconhecimento dos meus companheiros preenchera o meu vazio e fortalecera-me para a jornada. A cada pergunta, ver o estranhamento em suas rugas revelava-me a necessidade da viagem e de mostrar Emanuel para aqueles que não o conheciam. Levava o cálice ao peito e as pedras na cintura, por ser assim que Emanuel os carregava.

Adentrar o Oriente foi um doce mistério. Emanuel já estivera ali e contara-me sobre a cultura daquele povo, sentira-se muito bem entre eles. Eram devotos unânimes da sua verdade, dançavam com a natureza e, como Emanuel, cantavam e bailavam antes de comer. Teria aprendido com eles, ou os teria ensinado?

Reconheci os ares de Emanuel naquelas instâncias. A pobreza daquela gente era imensa, tal qual a sua fé. Como ele, não se preocupavam com o amanhã:

O dia seguinte – uma ocupação divina. Unicamente o Pai pode prever o que prover para o amanhã. Mal sabemos da nossa fome no agora, das nossas necessidades presentes, como saberemos e o que entendemos das necessidades e carências futuras?”

Logo vi que ali também não era o Éden. Opressão do maior sobre o menor, impostos achacantes, donos da verdade também existiam para sufocar e reprimir a liberdade à vida. A esperança no Deus supremo. Nada diferente do que vivíamos onde morávamos.

Contaram-me sobre mártires perseguidos e condenados por pregarem a paz e o amor universal. Contei-lhes sobre Emanuel, e a força da história radicada sobre o meu sentimento fizeram-nos crer em Emanuel como divino, instantaneamente.

Diferentemente dos discípulos de José de Arimatéia, não queriam saber mais, não estavam sedentos de informações ou palavras, preferiam sentir o meu sentimento.

Fui convidada a participar de rituais sagrados e secretos; estranhei e não estranhei a recepção e o acolhimento.

Dançar como Emanuel não me foi possível. Dancei e cantei como eu mesma quando estava com ele. Isto me fez entender o que ele tentava nos explicar: “o que está em mim, também está em vocês. Entreguem-se a esta fonte, comam e bebam com a sua sede, que será menor ou maior que a minha“.

Pela primeira vez, entreguei-me à força que brotava do meu sangue imantado com o dele. Descobri em mim a minha alma alegre, a minha porção Emanuel.

Os meus anfitriões diziam senti-lo através de nós. Os discípulos de José de Arimatéia também compreenderam o que eu, em vão, tentara lhes mostrar com palavras.

Sem conseguir esquecer Emanuel, lembrei-me mais uma vez: “As palavras são como aves ao vento. É preciso voar com elas para desfrutar seus ensinamentos”.

Quando me senti segura, convidei sete deles para recompor a nossa caravana e, apesar de perceberem o perigo, aceitaram como eu os aceitei.

A diferença do idioma dificultava a comunicação vazia, mas não foi empecilho para nos unirmos para a tarefa divina: imantar com o cálice e com a pedra de Emanuel e a pedra de Pedro solos sagrados para onde convergiam o Sol do Oriente e o Sol do Ocidente.

Nesta etapa da jornada havia outros perigos: animais desconhecidos, desavenças da natureza que também desconhecíamos. Compreendi a importância dos estrangeiros na caravana, sem eles não seria possível.

Um dos discípulos de José de Arimatéia lembrou-se de uma revelação das Escrituras: “O Deus de Israel é o Deus de todos os povos e de todas as nações”.

Emanuel já havia conversado conosco sobre esta Revelação.

“Israel e todos os povos pertencem a Deus. Nem Israel, nem os romanos, nenhum povo é preferido por Deus. Todos, para Deus, são iguais. ”

Mas não quis discutir com os discípulos de José de Arimatéia. Não seria produtivo, principalmente, naquele momento.

Caminhando com os novos amigos, compreendi o que Emanuel dizia sobre um estrangeiro: “É um amigo que ainda não conhecemos ou um inimigo que, como os nossos, jamais entenderemos o porquê.”

Havia muitas semelhanças também: terrenos áridos, desertos, águas escondidas, protegidas pela dureza das pedras, águas expostas, ornadas por vegetação; frutas inimagináveis, de sabores semelhantes aos que já conhecia. Emanuel falava sobre o parentesco das árvores.

Minha alma estava atenta, um despertar novo me fazia ver e ouvir Emanuel na caminhada. Dia a dia algo se ampliava, enquanto outro espaço diminuía em mim. Em princípio, pensei que os ares estranhos, num país estrangeiro, mobilizavam a mudança. Refletindo mais sobre tudo, conclui que a minha diferença tinha raiz num ponto da minha alma, o embate entre o medo e a coragem diminuiu, dando lugar a uma certeza, uma verdade interna. O meu coração desprendia-se do meu pensamento e não via as horas passarem. Parei de contar os dias, abri-me para outras importâncias. Estaria eu encontrando a paz? Perdi-me dos meus contornos, do meu peso e apertava o cálice ao peito para conter em mim algo meu.

Comíamos o que encontrávamos. Os discípulos de José de Arimatéia mantinham o jejum do sábado – eles não sabiam que Emanuel era o senhor de todos os dias. Jejuar para Emanuel era comer farta e alegremente. De tantas coisas que estávamos vivendo não compreenderam, condenaram-me por não seguir os seus resguardos e concluíram que assim eu fazia para me aproximar dos estrangeiros.

Um pequeno conflito se estabeleceu, mas não foi empecilho para darmos sequência a nossa viagem. Serviu para nos fazer pensar nas pedras falsas que carrega nosso espírito por encontrar espaços nele ausentes de consciência maior. Falei-lhes que Emanuel havia nos ensinado que o nome dado aos dias, bem como as sequências escolhidas eram formas de controle criadas pelos humanos para dar ênfase a leis menores. Conclui que um dia de fome os deixaria mais tranquilos, que fosse assim então, mas esta não era a minha necessidade, eu comia com os estrangeiros.

A viagem se prolongava e a montanha que eu conhecera nos meus sonhos não aparecia. Isto tornou-se uma preocupação coletiva. Estaríamos no rumo certo?

Embora Emanuel não acreditasse em milagres, não encontro, em mim, outra explicação para compreender o que aconteceu. Não sei como dizer, não conseguiria definir com a minha fala, mas percebi uma trilha através da copa de algumas árvores e o ninho das aves transformaram-se em setas que direcionavam os meus passos. Encontrei a montanha. Imensa. Desapareci diante dela e ela fez o sol surgir mais perto de nós.

Com esta experiência compreendi porque Emanuel não acreditava em milagres. Quando o abordávamos sobre os milagres, ele dizia:

“Uma visão curta não consegue enxergar, quando se está procurando o caminho da cura ou quando outras pessoas fazem o mesmo.
Esta mesma visão curta favorece apenas a visão de uma parte do que está acontecendo. Qualquer pessoa que se abra para o caminho da cura interna e verdadeira, os seus passos, a sua jornada a levará a encontrar alguém que conheça mais sobre esta mesma jornada e aprenderá com este a continuar caminhando.
Chamam de milagre porque não conseguem enxergar toda a trajetória, os encontros, os esforços de quem busca o caminho da cura.”

Meu peito se ampliou e voltei a lembrar:

“O aleijado já estava cansado de não mais andar e mostrei a ele seu cansaço. O cego estava cansado de não mais enxergar e mostrei a ele seu cansaço…”

Emanuel, Emanuel… Eu estava cansada de não acreditar em nada, você me mostrou o meu cansaço e me abri para esta jornada.

Fui tomada por um canto e escutava, pela primeira vez, o canto que eu cantava.

O vento balançava meu corpo ao ritmo da sua passagem. Era ele, o vento de Emanuel. Quem mais me conduziria assim? O vento de Emanuel.

Despertei para outro envolvimento com a dança e descobri que o meu corpo era uma ponte que unia todo o antes e o depois. Uma entrega mútua, um abraço cordial, uma terna aliança.

O meu êxtase culminou com o zênite do sol.

O meu corpo estava quente. Por um momento, vi a montanha toda dourada como uma imensa placa de ouro. O sol alternava entre tons de vermelho e laranja. Toda a vegetação se multicoloriu – também um enigma, muitos enigmas. Todo o movimento da natureza, mais do que poético, era um conselho, um conserto para as feridas da minha alma. Avistei um imenso campo de girassóis, mas não eram girassóis, não sei o que era o que eu vi.

Os grunhidos das aves soavam-me como palavras que precisavam ser traduzidas – “voar com elas”, ensinava Emanuel – aprendi a voar.

Algo em mim ia e voltava e, a cada volta, sentia-me mais inteira, mais fortalecida. Não entender o que estava acontecendo era o melhor. Como nada havia para ser entendido, libertei a minha sensibilidade para sentir – não há como descrever e há.

A ponta dos meus dedos deslizava por um líquido invisível que imantava o ambiente gelado, morno. Minha pele estava molhada e não era o meu suor. O que era?

Lembrei-me de Emanuel acariciando a pele com o orvalho das folhas. Eu que achava o orvalho imperceptível sentia-o, agora, caudaloso como óleo. Pensei como seria possível óleo de orvalho?

O êxtase para meus companheiros foi diferente: os discípulos de José de Arimatéia, acostumados ao silêncio, dormiram profundamente; os estrangeiros cantavam, cada um o seu canto e a sua dança particular.

Enxerguei uma coreografia harmônica, sincrônica com a natureza e a personalidade de cada um. O que estava acontecendo? Que ritual era aquele? Pensei ter escutado a voz de Emanuel dizendo-me – “Emanações, Maria. Emanações da alma” – não tenho certeza se era ele, mas a quem mais seria permitido introduzir-se naquele sistema único de amor e fraternidade? Clamei por ele.

Vinde a mim os que têm sede de justiça, os que têm fome. Vinde a mim aqueles cuja alma clama pela água que afoga a sede”.

Era Emanuel nas suas montanhas, meus olhos o viram no rio colorido do raiar daquele sol, enquanto a minha mente o procurava, os meus olhos o viram. Impossível para a minha mente ver o que viram os meus olhos. Ele dizia que os olhos tinham virtudes e alcances além do conhecido, enquanto a mente naufragava no medo da ultrapassagem.

Emanuel, Emanuel… Como o compreendo agora! Lembrei-me das vezes em que o acalentava como um louco querido, como um demente amado.

Tomados por nossos sentimentos aceitamos o comando da natureza.  A noite chegou trazendo a claridade da lua. Não comemos aquela noite, não havia espaço e nem motivação. Sentamos todos em volta de uma fogueira e, enquanto todos conversavam encantados com o que havia acontecido, foi o meu momento de mergulhar no silêncio.

O estalido da madeira ao fogo conduziu as batidas do meu coração e mais uma vez as palavras de Emanuel quebraram o meu silêncio:

O segredo do fogo é procurar calor. O fogo busca quem o aqueça, quem o tire da solidão, quem não tema a sua intensidade. ”

Senti o fogo em mim, solidarizei-me com ele. O fogo em mim buscava calor, um calor que o aquecesse e retirasse da solidão. Pensei no estalido da madeira como lágrimas por ver a sua água se extinguir para alimentar o fogo. Não pude chorar, as minhas águas não queriam derramar-se ao vento. Guardei-as comigo para quando fosse propício estalá-las com Emanuel. Alimentei a minha solidão alimentando o fogo com a madeira.

Dormi ali. Não sei como dormi. Os mistérios do sono me levaram com ele.

Acordar foi outro enigma, por alguns momentos não sabia onde estava, perdi-me do meu nome, não me reconheci no espelho da água, não reconheci os meus companheiros.

Num súbito voltei. Tudo voltou, mas nada era igual a antes.

O vinho amargo, o cálice e as pedras. Olhei para o fogo cozinhando o alimento e vi que o fogo era outro também, agora deixava que as mãos dos homens controlassem a sua intensidade, da mesma forma permiti que a intensidade do ritual conduzisse a minha alma.

O ritual foi o mesmo, mas eu estava diferente. O vinho era o mesmo, mas o sabor era outro. Olhei para o cálice e enxerguei nele uma luz intensa. Viria do sol? Viesse de onde viesse concentrava-se no cálice. Onde mais? – Pensei.

Fim da primeira etapa do ritual que comunga o encontro do sol do Oriente com o sol do Ocidente.

Voltei a pensar e a contar: dois trechos da nossa tarefa estavam concluídos.

Pensei em José de Arimatéia e Marta, orei por eles e sabia que Maria estava bem, zelada junto de Emanuel.

Precisamos de mais um dia para descansar os nossos corpos da intensa experiência que passamos. Os estrangeiros ficaram encantados, quase fascinados com o ritual.

E Pedro? Pedro era um devoto como eles. Sempre temi a devoção. Lembro-me das vezes que temi e invejei Pedro na sua devoção por Deus e, agora, um vislumbre de devoção me arrebatara naquela manhã.

O Deus de Emanuel, o Deus de todos os povos e de todas as nações.

“Feliz é a pátria cujo Deus é o senhor”.

Éramos ali o rascunho de uma nação, a origem da miscigenação, consagrado pelo encontro do sol que une a Luz do Ocidente à Luz do Oriente.

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37 Comentários

  1. Dienny

    Belíssimo texto!

    Responder
    • Elaine Estella de Vasconcellos

      Minha linda Halu, estou encantada com esse conhecimento, vc realmente é muito especial neste universo, gratidão por nós ensinar, estou extasiada com sua sabedoria e muito estudo e conhecimento que vc és nós passamos, por isso quero aprender com vc tudo de que eu puder, gratidão imensa por vc existir neste plano em que vivemos amém, minha grande mestra se é que posso lhe chamar assim com todo respeito….bjs de luz a todos eletromagnetismo do universo 💕😘🎆🕉️🙏💖💖💖

      Responder
      • Anna Christina Quintal

        Estou maravilhada pelo entendimento de todo o processo pelo qual estou vivenciando desde o dia em que, até hoje não sabia o porquê, assisti a uma fita de Halu. Nessas palavras contidas no texto acima estão a explicação: “Qualquer pessoa que se abra para o caminho da cura interna e verdadeira, os seus passos, a sua jornada a levará a encontrar alguém que conheça mais sobre esta mesma jornada e aprenderá com este a continuar caminhando.
        Chamam de milagre porque não conseguem enxergar toda a trajetória, os encontros, os esforços de quem busca o caminho da cura.” Gratidão Halu!!!

        Responder
    • Kathia

      Simplesmente Maravilhoso
      GRATIDÃO

      Responder
    • Leila Lucia Ferreira de Souza

      Nossa, não consigo nem expressar oq tô sentindo,meu Deus, só tenho q agradecer sua presença nesse mundo Halu,,e melhor ainda e eu poder fazer parte dessa família.bjs com muito amor e gratidão.

      Responder
      • Ana

        Jesus te amo! Como é bom saber dessa verdade,e de como tudo começou, graças e dou!

        Responder
  2. Sonia Graminhani

    Ai Halu! Quem é você? Minha nossa! Não sei o que dizer. É imenso! É tão grande parece estar tão além, no universo, e está aqui tão pertinho. Palpável, através de ti. Obrigada, do tamanho. Beijo grande.

    Responder
    • Cecile Rose

      Impressionante… A quantidade de informacoes sutis e a delicadeza com que foram expressas ,profundo! Aguardando ansiosa a sequência…gratidão , muita gratidão querida irmã. Beijo no coração.

      Responder
      • Halu Gamashi

        Muito obrigado Cecile, em breve será publicado como livro, junto de todos os trechos seguintes.

        Responder
      • André Luiz

        Halu linda capitação, meu coração está eufórico em paz com muito amor. Está leitura mexeu com minha alma. Quem dera as religiões seguisse estes texto, este amor estes ensinamentos seria maravilhoso o mundo estaria melhor.
        Agradeço a Deus por ter colocado vc em meu caminho.
        Muito amor e paz para vc obrigado Halu

        Responder
    • Andrea Santos

      Como um texto como este de 2015 pude ler somente em 22/10/2020? Há tanto tempo procuro por estes ensinamentos. Obrigada Halu e família por vocês existirem. Senti, na imperfeição que tenho, uma pontinha de Jesus narrando a leitura.

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      • Stella

        Verdadeira Relembrança.

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      • Cidooca

        Estasiada,como é impressionante parece que a gente entra na história e caminha junto,quero adquirir essa obra magnífica.amei.

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  3. Irisnei

    Adorei o texto, lindo texto!

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    • Rosângela Santos

      Gratidão. Não sabia praticamente nada sobre Maria Madalena. Tudo que nos mostraram era uma ilusão.

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  4. Dimas

    Maravilhoso texto.

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    • Ligia Amorese

      Obrigada, Halu, por lembrar o que é essencial. Eu precisava lembrar.

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  5. ANA VANESSA MONTANHA

    Que texto mais lindo, me senti nessa caminhada. Gratidão!

    Responder
  6. Ítalo Garcia

    Muito obrigado por compartilhar esse maravilhoso texto

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  7. ANA LUCIA SANTAELLA AIELLO

    Halu, vou parafrasear Maria de Magdala nesse texto: “Sempre temi a devoção. Lembro-me das vezes que temi e invejei Pedro na sua devoção por Deus e, agora, um vislumbre de devoção me arrebatara naquela manhã”. Que minha “devoção” (carisma, empatia, etc) por você não seja um vislumbre de apenas uma manhã – que eu possa, a cada dia, aprender a questionar, traduzir e arquivar os conteúdos de seus vídeos, de seus textos, da sua trajetória de vida!

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  8. hellyett nelyda Rolim Cavalcanti

    Bom estou te acompanhando , desde que a “fita ” chegou até mim , hoje sou Membro e para falar a verdade me vejo indo te ver num lugar muito amplo para aprender muitas coisas que sei que vc tem para nos passar e que preciso demais desse processo… estou junto , pode contar comigo para os projetos caminharem . Muita luz a todos que fazem a família Eletromagnética .

    Responder
    • Danielle

      Cara Halu!
      Muito agradecida por tanto amor e boa vontade em ser, estar e vivenciar toda esta riqueza de ensinamentos de luz e amor e compartilhá-los conosco. Eu estava sedenta e necessitada de calor para realimentar a minha alma e espírito a fim de continuar a caminhada.
      Tudo de Bom!!!

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  9. ADRIANE

    QUE MARAVILHA HALU!!! ENCANTADA.

    Responder
  10. ANDRÉA SILVA FENNER

    Halu querida! ao sair pra caminhar essa manhã eu ouvi o seu vídeo de 2017 falando dessas captações…e agora ao ler o primeiro artigo da narrativa de Maria Madalena, confesso que não consigo expressar o que sinto! realmente nos leva a viajar, a estar nesses lugares citados, e pra quem tem olhos de ver e coração de sentir é uma experiência Divina! Gratidão querida, Te amo do fundo do coração. Bjos elétricos de felicidade e sublimação.

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  11. Lilian Almeida

    Oi Halu, minha irmã Ancestral de nossa Família Eletromagnética!! Quanto Amor, Luz e Cumplicidade nestas canalizações… neste sentimento de Madalena…em Deus que há em Mim!
    Espero/ desejo, e orarei, para que todas canalizações sejam autorizados por Mestra Nada e Sananda a publicação. Independente do que transcorrer, agradeço a você Halu Gamashi, ao mestre Baltazar, a Grande Fraternidade Branca, a todos/as que te apoiam e caminham nesta jornada com você ; e a Deus Mãe-Pai que há em tudo possível e impossível Aqui e Agora.

    Responder
  12. Bea

    Sinto este lindo texto sendo absorvido pelo meu coração! Muito obrigada!

    Responder
  13. ANA CLÁUDIA PORTELA BRANDAO

    Halu….Obrigada!!!!!

    Responder
  14. ANA CLÁUDIA PORTELA BRANDAO

    Haluz….Obrigada!!!!!

    Responder
  15. Célia Repolho

    Que texto sublime, absorveu-me profundamente, ou seja, eu me senti diluir no texto. Obrigada, querida Halu, por compartilhar esta captação! Beijos eléctricos no seu coração

    Responder
  16. Danielle Lapuente

    Me senti como Maria em alguns trechos, em especial neste; […] Todos nós tínhamos consciência da sua importância, enquanto ele se esforçava para nos fazer entender da nossa importância nos seus planos e projetos, e eu ouvia tudo. Como fazê-lo calar se sua paixão me envolvia e tomava-me de tal forma que, sem crer, sem saber, sem ver, eu acreditava em tudo o que ele dizia.[…] Meus sentimentos em relação a ti Halu e ao meu despertar para a vida espiritual. Sinto e sei que estou onde devo estar. Aprendendo e VIVENCIANDO! Gratidão!!!

    Responder
  17. Cida Silva

    Simplesmente ENCANTADA!!! Gratidão Halu 🙏

    Responder
  18. Sofia Jardim

    Halu senti me presente nessa viagem..Experiência Divina Gratidão imensa

    Responder
  19. SHEILA

    Lindo texto amei .

    Responder
  20. MARIANE KIPPER HINTERHOLZ

    Eu tbm estou me perguntando: Quem é você Halu?.
    Qdo li esta passagem aqui .:

    :.

    Veja só minha pretensão, me perdoe por isso, mas me ocorreu que eu possa ser esse alguém que se abriu para a cura, alias nós, a família ancestral eletromagnética e você Halu, é esse alguém que encontramos e que conhece mais sobre esta jornada, pq você está ensinando muito, muito, muito… , falo por mim.

    Gratidão imensa por estar nesta jornada. Me sinto imensamente feliz, apesar do momento difícil que o planeta, que todos estão passando, todos temos obstáculos, como a própria Maria de Magdala sentiu medo, mas estava feliz seguindo em frente, enfrentando o desconhecido, o caminho cheio de obstáculos.
    Jesus mesmo sendo quem era, tbm teve dias difíceis e não pedia que Deus, nosso pai o livrasse desse sofrimento, e ELE podia.
    E nossos padecimentos nem se comparam com os que ELE enfrentou por nós e nós não entendemos o Seu gesto de amor para conosco.
    Nós só precisávamos amar como ele amou a tudo e a todos incondicionalmente. Eu estou nesta jornada de cura e aprendendo esse modo de amor, pois não me ensinaram a forma correta de amar, mas agora sim, cheguei na escola do amor de Halu. Será que já lestes, mas eu já escrevi EU TI AMO HALU e a toda a equipe que faz com que aconteçam esses encontros, esses vídeos enriquecedores.

    Tenho mais uma pergunta para Halu, qual é a pedra do seu anel?
    Qdo lí sobre a pedra q Magdala carregava consigo, me lembrei deste seu anel…

    Impressionante os detalhes descritos, são palavras de Maria de Magdala, eu pude sentir como se fosse a própria que escreveu, q viveu essa experiência. Uauuuuu.
    Vou reler pois são tantos relatos que não consegui absorver todos.
    Riquíssima leitura enquanto espero VIVENCIAR o encontro do sol que une a Luz do Ocidente à Luz do Oriente. Gratidão imensa. Amo estar nesta família…

    Responder
    • Mara Soledade

      Quero saber mais,por favor!

      Responder
  21. Adriana

    Há anos que não leio!!!! esse texto sagrado me fez mergulhar na leitura.
    gratidão 70×7

    Responder
  22. Rubia

    Que lindo Halu! Gratidao!

    Responder

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  1. Captação "Caminhos do Graal" - Terceiro Texto - Halu Gamashi - […] Leia a primeira parte aqui. […]

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